"Less is more”. Outras notas sobre "Problemas genéricos da nossa Imprensa - O GRAFISMO"
Obrigado. Muito obrigado. Pela companhia nesta
guerra.
Outras ideias e reparos a esse post caido do céu. Obrigado.
A palavra
grafismo. Grafismo é algo que se aplica, que se junta. Tudo o que denuncia – e bem – tem exactamente esse nome.
Os nossos gráficos e designers são (genericamente falando) fracos. Nada mais certo. Mas serão só os designers?
Os problemas e as soluções. Se espera encontrar soluções passará a encontrar fórmulas – iguais – cada vez mais iguais. Os problemas, esses, são para serem resolvidos, mas a partir das questões que especificamente colocam.
A fonte. Em inglês Font. Em português tipo. Sim, porque tipo era o nome dado aos caracteres de chumbo que alguém outrora inventou.
Solução. Design de Comunicação (se me permitem). Conservado ao longo dos anos na Faculdade de Belas Artes, continua a ser o único lugar neste país onde se pode aprender tudo o que foi referido nesta
guerra. Atrevo-me a dizer que continua a ser assim porque o investimento ainda não chegou lá. Assim se mantém afastado destas novas tendências gráficas. Muito gráficas.
Sim. Voltámos ao início. Aos grafismos. Muitos. Aos milhares. Tantos quantos os efeitos dos computadores nos permitirem. Bons computadores. Cursos intensivos de
photoshop e
flash. Fantástico. Os grafismos apenas são utilizados porque são rápidos de fazer e simulam que dão muito trabalho.
Computadores. Sim. Adoro-os. Mas a sua massificação (juntamente com a um impressora, a cores claro!) deu a cada um de nós uma arma. Agora, meu caro, já não há nada a fazer. Se não controlamos a tecnologia (qualquer uma) somos dominados por ela.
Se quiser confirmar o que lhe digo, siga o seguinte exercício: Escolha uma exposição – pode ser exigente se preferir. Observe o interesse dos visitantes. Verá que observam cuidadosamente e apenas comentam as obras que os impressionam pela complexidade da sua produção. Não falha. Ouvirá com certeza a famosa frase “Como é que o gajo fez isto?”
PS1. O Hipatia mudou recentemente. Escrevi que foi por causa de Claude Garamond (des)conhecido tipógrafo do século dezasseis. O Hipatia não mudou apenas porque nos apeteceu. Evoluiu. Conserva o que lhe deu origem. Mas continua em construção.
PS2. Em homenagem (simples) ao vosso post sobre esta guerra, o Hipatia dará a conhecer bons exemplos. Simples. Dos mais simples.
RBL