segunda-feira, agosto 16, 2004

Um presidente sem medalhas

Há coisas que se ganham por mero acaso e sorte: a lotaria, o totoloto, as raspadinhas, as rifas. Outras, ganham-se porque se planeia, se definem metas, se seguem estratégias, e se trabalha para as alcançar: por exemplo, os resultados nos Jogos Olímpicos. Não é esperar que quem alcançou os resultados mínimos ontem, chegue aos Jogos e venha de lá com medalhas. Não é esperar que quem organizou a presença nos Jogos à balda, lá faça boa figura. É por isso que não gostei de ouvir Jorge Sampaio dizer, displicente, a bordo no navio que o levou à Grécia, que nisto de medalhas, nunca espera nada, e o que vier à rede é peixe. A informalidade tem limites, e o presidente tem obrigação de não pactuar nem um bocadinho com a cultura do deixa andar, e o que for soará. Suponho que o Presidente da República não foi à Grécia como quem vai num cruzeiro no mar Egeu. Se foi, bem podia ter deixado a viagem para ser sorteada num concurso qualquer.

Manga de Alpaca

sexta-feira, agosto 13, 2004

Afinal, eles ainda riem

O que é feito de Los Hipaticos? Abro a internet, vou aos favoritos, clico "hipatia" e nada. Clico F5 (disseram-me que se faz assim para refresh, e eu faço), e nada. Los hipaticos não dão sinal de vida. De vez em quando, uma Manga de Alpaca, ainda por cima o elo mais fraco do conjunto, lá puxa do aparo, mas pouco. Será do tempo? Pois a Manga de Alpaca, hoje, se soubesse, fazia um link para o Inimigo Público, 2ª página, cantinho inferior esquerdo. Mas não sabe. E então fica a recomendação de leitura. É que a Manga de Alpaca e colegas de trabalho estão envolvidos nesta coisa das secretarias de estado e, à custa do artigo, conseguiram sair do estado de letargia e riram como há muito tempo não riam. É isso mesmo.

Manga de Alpaca

terça-feira, agosto 10, 2004

Leitura para férias

Agatha Christy já mergulhou na sua banheira e começou a trincar uma maçã (é assim que constrói as suas histórias). Sir Arthur Conan Doyle já se instalou em Baker Street. Simenon acaba de entrar na esquadra do Quai des Orfèvres. Os mestres do policial sentem fervilhar as ideias, chamaram Poirot, Holmes, Maigret e começam a construir os personagens dum novo caso: o jornalista do tabloide sem escrúpulos, o advogado mafioso, o director da polícia mortinho por falar com jornalistas, o procurador desastrado, o primeiro-ministro que ... "era o que faltava, era estar na seca deste cargo e não ficar a saber tudo sobre o diz-se que disse"..."vou pôr a minha pose de estado (ou a de menino amuado, ainda não sei bem) e pregar um sermão a toda a gente". Ah! Claro que o caso é "O caso das cassetes roubadas". Sai em episódios, nos jornais diários.

Manga de Alpaca

segunda-feira, agosto 09, 2004

And You, how green was your valley?

There is no fence or hedge around time that has gone. You can go back and have what you like if you remember it well enough...

How Green Was My Valley de John Ford, 1941

RRP

sexta-feira, agosto 06, 2004

Post?

...not just yet, i'm just slowly grasping what does, but should not, resemble reality...

RRP

quinta-feira, agosto 05, 2004

Deslocalização - parte 2

Estavam todos preparados. O membro do governo e o recém-nomeado pessoal do seu gabinete. De malas feitas, prontos a embarcar na aventura da deslocalização. Quais Patinhas, os seus olhos brilhavam na miragem de subsídios de fixação, de residência, e outros. O seu El Dorado estava à distância de duas centenas de quilómetros. Subitamente, tudo se altera. Subsídios para toda a gente? Calma, as coisas não são bem assim! Malas no chão, toda a gente no cais de embarque. O burburinho instalado, chamadas de telemóvel para aqui e para acoli. Então já não vamos? Para onde vamos agora? Esta Manga de Alpaca não tem dons de vidente. Mas desconfia que o membro do governo deslocalizado foi "aconselhado" a nomear para o seu gabinete pessoal lá do sítio deslocalizado. Será?

Manga de Alpaca