sexta-feira, outubro 31, 2003

A TEMPESTADE

Nunca pensei que uma tempestade solar provocasse tanta chuva...

RRP
OOPSS!!!

Só agora reparei que o Hipatia já há alguns dias que não publica uma citação, violando a sua Regra nº26 - Não citarás, a não ser em vão.
Fica o reparo/penitência:

To punish me for my contempt for authority, fate made me an authority myself
Albert Einstein

RRP
DE MANHÃ

Bem cedo. Os horários apertam.
Os últimos chegam já a correr.


RBL(c)

RBL
PEQUENO APONTAMENTO MORAL

Uma das notícias que passou despercebida nos últimos tempos foi a conclusão de um "escândalo de corrupção" que apaixonou leitores e jornalistas muito para lá do que seria razoável. Falo do dito "crime de corrupção passiva" que dois redactores (um dos quais é hoje assessor de PP) de O Independente imputavam, ou melhor insinuavam que deveria ser imputado a uma juíza. A história teve um final feliz. Não para os jornalistas, condenados a pagar uma avultada indemnização, mas para a dita juíza, que se viu finalmente justiçada.
Mas o que ressalta acima de tudo é o tratamento jornalístico da história.
A difamação, a fabricação, a insinuação tiveram honras de parangona, manchete, capa.
A verdade foi uma nota de rodapé.

RRP
Pânico na Cultura

Manga de Alpaca tornou a dar noticias do que se vai passando pelo reino da função pública. Desta vez, sobre o pânico que assolou os trabalhadores do Ministério da Cultura. Efectivamente, há uns tempos que estes trabalhadores dizem andar aos papéis, a apanhar bonés e a ver passar os comboios. Mas agora, nem queriam acreditar quando viram o programa específico que coube ao que julgam ser o seu ministro, quando integrou a comitiva do governo em recente visita a Angola. Para que conste, o programa foi o seguinte:
16h45 - partida para o Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural
de Angola (MADRA)
16h55 - chegada ao MADRA
17h00 - cerimónia de encerramento do seminário sobre aptidões agrícolas de
Angola. Apresentação do livro "Recursos em Terras com aptidão de regadio".
17h30 - regresso ao Hotel Trópico
Os trabalhadores temem que os seus lideres já tenham mudado de campo, quiçá para o da (Agri)cultura, esquecendo-se definitivamente da sua existência.

Little things

quinta-feira, outubro 30, 2003

O exemplo que vem de Mora

Sei que vivem na vila alentejana de Mora. São mulheres que já vão na casa dos setenta anos, e que para trás têm uma vida de trabalho no campo. Regularmente, deixam as lides domésticas, as rendas e as conversas com as vizinhas, e vão até à piscina da vila. Diz quem já viu que usam fatos de banho e toucas de cores espampanantes e dão cartas no crawl, bruços e mariposa. Tenho-as como exemplo, agora que resolvi melhorar o meu estilo (?) esbracejante e improgressivo, que tantos comentários tem suscitado ao RBL. O meu equipamento, comprado em centro comercial citadino, é de cor discreta e ostenta marca adequada. Provavelmente, um sinal de que inicio o desafio em vantagem relativamente às mulheres de Mora. Vou fazer todos os possíveis por não me deixar atrasar.

Little things
QUERIDO PIPI,

Dizem-me que muito poucos sabem quem tu és (ou quem vocês são). Como bem sabes, querido Pipi, eu pertenço à maioria - sou dos que desconhecem a tua verdadeira identidade. E assim quero ficar. Já não aguento mais especulações sobre quem tu és e deixas de ser, sobre o teu perfil, sobre a tua eloquência, sobre a tua capacidade de escrita. Já não aguento mais discussões sobre se és o RAP ou o MEC. Pouco importa. Enquanto essas discussões nos davam versos do sempre excelente VGM ainda vá que não vá. Agora, não quero mais saber. Gosto de ti assim, anónimo. Deixa-me que te diga, querido Pipi, que a revelação do teu nome seria a tua morte. Como é que estes «rotos» (dás-me licença que utilize este teu douto vocábulo?) ainda não perceberam isso?

Esta tua admiradora,
SBL

quarta-feira, outubro 29, 2003

Uma sugestão para D.Manuela

D. Manuela tem muitos problemas com a cobrança dos impostos. D. Manuela está convicta que os seus problemas acabarão no dia em que puder fazer um tal de "cruzamento de dados". D. Manuela está muito chocada  porque a Comissão Nacional de Protecção de Dados não lhe deixa fazer o dito cruzamento. A CNPD diz que nunca disse isso, simplesmente porque D. Manuela nunca lhe perguntou. Estava eu pensando que temos mais uma novela, quando me cruzei com uma viatura do "cobrador de fraque". É isso, D. Manuela! O Cobrador de Fraque é a solução para vários dos seus problemas! Eles cobram o que é preciso cobrar, a Direcção-Geral encarregue da cobrança fica esvaziada de funções e pode ser extinta, a Secretaria-Geral do Ministério de D. Manuela passa a ter menos serviços para coordenar e pode ser emagrecida, os serviços de informática  a mesma coisa, o Secretário de Estado com o pelouro do fisco pode ser fundido com outro qualquer, e até D. Manuela fica muito mais
aliviada, podendo a orgânica do Governo ser reajustada. Vá lá, D. Manuela, reconheça que lhe dei uma óptima sugestão!

Little things
EXCESSOS

O Presidente do Supremo queixa-se que os cidadãos têm um "excesso de garantias". Não poderia estar mais de acordo. Se não fosse esse excesso Aragão Seia seria automaticamente exonerado por tal dislate.

RRP
AS PALAVRAS (que nunca te direi)

(...)Hesitei.
Não sabia se aparecia.
Fizemos de conta (dos outros).



Dut Yeung Nin Wa (In the Mood for Love) de Wong Kar-Wai, 2000

RBL

terça-feira, outubro 28, 2003

LETRAS-MISTÉRIO (1)
...canções populares de significado dúbio, ou simplesmente livre...

Send in the Clowns
Stephen Sondheim

Isn't it rich, are we a pair?
Me here at last on the ground,
You in mid-air.
Send in the clowns.

Isn't it bliss, don't you approve?
One who keeps tearing around
One who can't move
Where are the clowns?
Send in the clowns.

Just when I'd stopped opening doors,
Finally knowing the one that I wanted was yours.
Making my entrance again with my usual flair,
Sure of my lines;
No one is there.

Don't you love farce?
My fault I fear,
I thought that you'd want what I want,
Sorry my dear
But where are the clowns
There ought to be clowns
Quick send in the clowns

What a surprise!
Who could foresee
I'd come to feel about you
What you felt about me?
Why only now when I see
That you've drifted away?
What a surprise...
What a cliche'...

Isn't it rich, isn't it queer
Losing my timing this late in my career
And where are the clowns
Quick send in the clowns
Don't bother, they're here.


Para se perceber melhor basta ouvir as versões de Sara Vaughan ou Van Morrison (com Chet Baker)

RRP
O FIO DOS DIAS (LÁ LONGE) (2)

Parece distante.
Apenas o 82 nos pode deixar em S. Giorgio Maggiore.
Dizem-me que o habitante é padre. Não parece.
(...)
Siamo studenti
Subimos.


RBL(c)

RBL

segunda-feira, outubro 27, 2003

FICÇÃO

O Inimigo Público agora também no on-line!

RRP
AINDA DOGFILM ou À ESPERA DA VINGANÇA

Já tinha ficado de pé atrás com Ondas de Paixão e com Dancer in The Dark. E do Dogma - a melhor acção de propaganda dos últimos anos - aproveita-se mesmo muito pouco (talvez Italiano para Principiantes ou A Festa). À medida que o tempo passa, estes filmes têm conseguido que eu embirre ainda mais com eles (e - sublinho - nunca mais os vi). Agora, com Dogville, já não aguento mais as manias do realizador que inventou um «von» no meio do seu nome para ter um ar aristocrata. Acho que ele abandona indecentemente os actores no cenário brechtiano. Acho que ele manipula indecentemente os actores que se deixam levar pela mão do «géniozinho» do cinema europeu que não anda de avião (basta ver Nicole Kidman, nas confissões, a dizer que foi uma experiência muito bela...). Não suporto mais as pseudo experiências-limite a que ele submete as protagonistas (eu sei que pareço a Maria Teresa Horta, mas porque é que são todas mulheres?). Não suporto mais as suas lições morais e políticas. Da sua Dogville digo-lhe mesmo, senhor Lars Von Trier, o que eu gostei mais foi do final. E sabe porquê? Porque me faz lembrar a tentativa de assassinato de Marlon Brando n'O Padrinho. Pois fique sabendo, senhor Lars Von Trier, que é ao cinema americano que deve o melhor do seu filme. Fique sabendo que aguardo o momento de ver uma actriz vingar-se de si - indecentemente. Esse filme eu vou ver. Isto é, se o houver.

PS: E tu, RBL, não me venhas dizer que eu não gostei de Dogville porque gosto demais dos filmes do Clint Eastwood...

SBL
LATE AFTERNOON WISDOM

I was working on the proof of one of my poems all the morning, and took out a comma. In the afternoon I put it back again.
Oscar Wilde

RRP
"Quaresma"

Noite de chuva intensa. Na Avenida Duque d'Ávila, a porta do cinema Ávila convidava a entrar. Um cinema aconchegado, simples, sem bar nem pipocas. Nos placards, alguns artigos sobre filmes recentes. Um deles, o de SBL sobre o último de Manuel de Oliveira, comprova a projecção de Los Hipáticos. O filme da noite? "Quaresma", de José Álvaro de Morais. Por um tempo, vivemos nas paisagens da Serra da Estrela, convivemos com os costumes da Beira. Depois, passamos para a costa da Dinamarca, ficamos envolvidos por um ambiente sem
brumas e sem fantasmas de Hamlet. Um pormenor sobre o filme? A evolução da expressão de David, o protagonista masculino: da expressão de "menino" no regresso às terras dos seus avós, para a de homem adulto, especialista em energia eólica a trabalhar na Dinamarca, consciente da opção pelo status quo. Na sala do Ávila estavam sete pessoas. Uma injustiça. "Quaresma" merecia a sala cheia.

Little things
DO RISO

Um dos fenómenos que mais me intriga é a capacidade de uma sala de cinema explodir em gargalhadas numa cena de um filme que simplesmente não as invoca. É nessa altura que procuro o meu humor, lhe tomo o pulso, e penso se não terei falhado alguma deixa, algum plano que explique tal euforia. Mas não. Como a missa é uma união na fé (mesmo que ela não exista) o cinema pode ser uma união no riso (mesmo uma cena do Psico o pode invocar). Mas com um senão. Na missa os crentes procuram a fé, ou o que resta dela. No cinema, os espectadores procuram, isso sim, não falhar o exorcismo do siso - de qualquer forma, a bem ou a mal...

RRP
HISTÓRIAS DE INVERNO

Não chove. Aqui não. Nunca.
Um filme azul. (Sim) Sempre.


RBL(c)

RBL

sexta-feira, outubro 24, 2003

Il Deserto Rosso

Antonioni filmou Ravenna assim.
Por vezes lembro-me dessas imagens.
Outras vezes encontro-as noutros lugares (que não existem).


RBL(c)

RBL

quinta-feira, outubro 23, 2003

Jules Maigret

Comissário. Chefe da polícia do Quai des Orfévres. Pacato, silencioso, muitas vezes de gabardine e chapéu, sempre com o inseparável cachimbo. Sem horas para dormir, e sempre esperado em casa pela companheira de longa data, que pacientemente lhe conserva o café quente, e lhe coloca as pantufas em posição de serem calçadas. Maigret observa, medita, interroga, induz e deduz. Nunca notei que os agentes da esquadra do Quai des Orfévres tivessem como missão a deprimente tarefa de escutar e transcrever conversas. Felizmente. Porque, se assim fosse, depressa se descobririam os bons e os maus, as histórias de Simenon começariam e acabariam num ápice, e Maigret não existiria.

Little things
TEMAS DE CONVERSA


Pollock de Ed Harris, 2000.

RBL

quarta-feira, outubro 22, 2003

DOGFILM

Lars Von Trier confirmou várias coisas:

Que é um bom realizador.
Que tem o sentido da mise-en-scéne.

Que é politicamente correcto.
Que é politicamente desonesto.
Que é intelectualmente correcto.
Que é intelectualmente desonesto.
Que é socialmente pedante.
Que tem um problema com as mulheres.
Que filma o reflexo das suas obsessões.
Que quer provocar a todo o custo.
Que procura o elogio na provocação.

Existem na História misóginos narcisistas geniais - este, temo, não é um deles.

RRP
AINDA 'THE CONVERSATION'

Os portugueses que escutam devem estar a milhas da inquietação de Harry Caul. Porque, apesar de este não ter medo da morte, o protagonista do filme de Coppola (que o RBL em boa hora aqui lembra) teme os homicídios. E sente a culpa. Não quero de modo nenhum assinar posts-presságios (já basta a Little Things que, no outro dia, nem queria acreditar na história do motorista do ministro), mas os portugueses que escutam deviam por os olhos em The Conversation. Ou em Blow Up, que lhe serviu de inspiração. Antes que haja mortes.

SBL
EAST X WEST - O SUPREMO MATISMO 4

A CIA e o Expressionismo Abstracto:
(...)anti-Communist ideology, the ideology of freedom, of free enterprise. Non-figurative and politically silent it was the very antithesis of socialist realism(...)
in Who Paid the Piper: The CIA and the Cultural Cold War, de Frances Stonor Saunders, Granta Books, 2000


Robert Motherwell,Personage (Autoportrait), December 9, 1943.Peggy Guggenheim Collection
(fonte Guggenheim Museum)

RRP
NOVAS PALAVRAS

Por uma nova linguagem. Por um novo discurso (político).


The Conversation de Francis Ford Coppola, 1974

RBL

terça-feira, outubro 21, 2003

EAST X WEST - O SUPREMO MATISMO 3


Natalia Goncharova, Cats (rayist percep.[tion] in rose, black, and yellow), 1913. Oil on canvas.
Guggenheim Museum
(fonte Guggenheim Museum)

RRP
O caderninho de Pedro Roseta

É de tamanho A5, com folhas de papel quadriculado. Foi comprado na papelaria da rua, juntamente com uma régua, um lápis e uma borracha. Na capa, em letra redondinha, Pedro Roseta escreveu "Orçamentos".
Depois, abriu uma folha com o título "Orçamento 2003". De seguida, fez colunas, linhas, apontou as parcelas do seu magro pecúlio. Ao longo do ano, Pedro Roseta tem-se consumido a apurar sobras de cêntimos, que meticulosamente tira dum lado e põe noutro. Tem apagado muito os números do seu caderninho. Tanto, que, nalguns pontos, o papel esfarelou e surgiu um buraco - o buraco orçamental. Pedro Roseta já abriu outra folha para o "Orçamento 2004". Contente, porque o pecúlio parece ser um bocadinho maior, começou por apurar percentagens dos aumentos. Para confirmar, fez muitas provas dos nove, alinhadas na margem do seu caderninho. Foi assim que concluiu que o orçamento do Teatro Nacional de São João tem um aumento de 86,1%. Mas, oh! De imediato a conclusão é refutada pelo astuto Director do Teatro que, provavelmente munido dum Pentium com a mais moderna versão do Excel, apura que o aumento é de 18,8%. Pedro Roseta já começou a apagar as folhas do seu caderninho dedicadas ao orçamento de 2004.

Little things
An Unfinished Story

O quarto ficou como estava. Saímos a correr. Para comprar massa.
Criam-se pretextos. Corpos que se cruzam. Não se tocam.
Daqui a pouco é quase de manhã.


Dut Yeung Nin Wa (In the Mood for Love) de Wong Kar-Wai, 2000

RBL

segunda-feira, outubro 20, 2003

EAST X WEST - O SUPREMO MATISMO 2



Robert Rauschenberg, Untitled (Red Painting), ca. 1953.
(fonte Guggenheim Museum)

RRP
Nota

Como já devem ter percebido, o Hipatia vive das contribuições de 2 GD, 1 J, 1 C e um agent-provocateur. Fica o esclarecimento...

RRP
"Collected Short Stories"

O espelho embaciou.
Um episódio distante.
Uma história banal.
De um outro país.


Dut Yeung Nin Wa (In the Mood for Love) de Wong Kar-Wai, 2000

RBL

sábado, outubro 18, 2003

EM CONSTRUÇÃO

O Hipatia está diferente. Não muito.
A culpa é de Claude Garamond. Manias.



RBL

sexta-feira, outubro 17, 2003

Montanha russa

Nunca andei na montanha russa. Nem andarei. Ponho-me a imaginar a sensação provocada pelo sobe e desce alucinado, e sinto arrepios de pavor. Leio as notícias de que Santana Lopes vai recuperar o espaço do Parque Mayer: a montanha russa está a subir. Fico a saber que Frank Ghery é o arquitecto escolhido por Santana para o projecto: a montanha russa sobe mais ainda. Agora leio que Frank Ghery custa muito dinheiro, provavelmente já não vai projectar coisa nenhuma, e a recuperação do Parque voltou à estaca zero: a montanha russa entrou em descida vertiginosa. Sinto pânico. Por favor alguém obrigue o condutor deste comboio a parar!

Little things
EARLY MORNING LOVE

Till There Was You

There were bells on a hill
But I never heard them ringing
No, I never heard them at all
Till there was you

There were birds in the sky
But I never saw them winging
No, I never saw them at all
Till there was you

Then there was music and wonderful roses
they tell me in in sweet fragrant meadows
of dawn and dew

There was love all around
But I never heard it singing
No I never heard it at all
Till there was you

Then there was music and wonderful roses
they tell me in sweet fragrant meadows
of dawn and dew

There was love all around
But I never heard it singing
No I never heard it at all

Till there was you


Meredith Willson/The Beatles

RRP

SINFONIA PARA LUVAS DE BOXE E BALLET CLÁSSICO


Killer's Kiss de Stanley Kubrick, 1955

RRP
FRONTEIRAS DE ESPAÇO

Chegaram. De manhã. Bem cedo.
Depois da noite. Depois da viagem.
Aqui, onde a Itália se afasta da França, procura-se o norte.


La stanza del figlio de Nanni Moretti, 2001

RBL

quinta-feira, outubro 16, 2003

NÃO, NÃO É UMA PIADA

Bush, Schwarzenegger Meet, Talk Economy
...mais

RRP
Governante non stop

Como é sabido, Manga de Alpaca blogou no Hipatia até ao momento em que passou a integrar as hostes do Governo. Pois Manga de Alpaca, volta e meia, vai-nos transmitindo algumas das suas experiências pelos meandros do poder. Ficámos assim a saber do governante que necessita dos seviços do seu motorista das 6 da manhã às 3 da manhã do dia seguinte, dias seguidos, sábados e domingos incluídos. Trememos só de pensar que podemos encontrar o
estafado motorista em qualquer rua. Quanto ao governante, ficamos na expectativa de conhecer as medidas resultantes de tal ritmo de trabalho.

Little things

O REGRESSO

O Guerra e Pas voltou em versão espírita. Rejoice!!!

RRP
EAST X WEST - O SUPREMO MATISMO

Existe uma cultura da guerra fria para além das ideologias?


Kasimir Malevich - Complex Presentiment: Half-Figure in a Yellow Shirt
1928-32; Oil on canvas, 99 x 79 cm (39 x 31 1/8 in); State Russian Museum, St. Petersburg
(fonte WebMuseum)

RRP

quarta-feira, outubro 15, 2003

Histoire(s) du cinéma: Une vague nouvelle

Ford Thunderbird. Cabelo curto. Coca-cola. Vespa.
Não sei se esqueço mais alguma (aqui).
Provavelmente.
O fugitivo. Laszlo Kovacs.


À bout de souffle de Jean-Luc Godard, 1960

RBL

terça-feira, outubro 14, 2003

QUESTÃO QUE EU TENHO COMIGO MESMA

Quem me conhece sabe que não me importaria de ter nascido noutro sítio qualquer (na Europa, bem entendido). Patriotismos não fazem de facto muito o meu género. Mas confesso que, nos últimos dias, não me sinto lá muito bem aqui dentro, deste quadradinho, pequenino e que uns dizem honrado. Ele é a pedofilia que, afinal, dura há mais de 30 anos. Ele é Paulo Pedroso a ser aclamado como se fosse um herói. Ele é um juíz a dar entrevistas depois de participar num rally. Ele é os manuais escolares a exigirem que os meninos estejam ao corrente da vida das personagens do Big Brother. Ele é a cover da TIME com a prostituição brasileira em Bragança. Digam-me já, que assim doi um bocadinho menos - o que é que se segue?

SBL

segunda-feira, outubro 13, 2003

UMA JANELA PARA


2001: A Space Odyssey de Stanley Kubrick, 1968

RBL

sexta-feira, outubro 10, 2003

Ai Antena 1, Antena 1 ...

Com o início da nova grelha da Antena 1, foi anunciado um pequeno espaço, a passar por volta das 9.30 da manhã, com o título "O amor é..." Da responsabilidade do Professor Machado Vaz, acompanhado por António Macedo, o condutor da emissão matinal da Antena 1. Aguardei o aparecimento da rubrica com curiosidade. A ideia agradava-me, quer pelo tema que previa, quer pela participação do professor. Agora, depois de umas quantas emissões, o resultado é pavoroso. As conversas, conduzidas à deriva por um inenarrável
António Macedo, com o professor no Porto agarrado a um telefone, tanto podem ter o título que consta da programação, como encaixar-se numa rubrica sobre cultura de caracóis. Verdade se diga que o pobre professor, lá vai fazendo esforços para dar algum enquadramento lógico às dicas de António Macedo. Hoje, a desgovernação atingiu o auge quando o dito António Macedo deu início à conversa. " Ó professor, imagine que há um hotel em Lisboa chamado Ópera, cujos quartos têm os nomes de compositores, músicos, cantores. Se eu for ao hotel e pedir o quarto Amália, o que acha que isso revela da minha
personalidade?"  " Bem ... ", começou Júlio Machado Vaz. Eu vinha a conduzir, comecei a trocar a cor dos semáforos, senti-me mal, tive pena do professor, mudei para outra estação.

Little things
AFTERMATH

And rose from before the coming of age,
a feeling once lost, suddenly remembered
and then completely forgotten

left to wonder on a new dawn,
yet to come,
yet to be shed in someone else's daydream frolic

RRP
DESENVOLVIMENTOS

As escutas continuam.
As fitas de ontem são ouvidas atentamente.
Digam lá se não estão interessados.
...em algumas conversas.


The Conversation de Francis Ford Coppola, 1974

RBL

quinta-feira, outubro 09, 2003

BREL

Le talent, ça n'existe pas. Le talent, c'est d'avoir envie de faire quelque chose

RRP
O curso intensivo de Direito Penal

Como muitas outras pessoas, iniciei há uns meses atrás um curso intensivo de Direito Penal. Disciplinadamente, tenho assistido às aulas teóricas dadas pelos agentes da Justiça. Disciplinadamente, tenho recebido as suas decisões e declarações diversas, acatando-as como as vozes dos verdadeiros mestres. É certo que, nalguns casos, como sejam as entrevistas dadas pelo Senhor Procurador Geral da República à porta de casa, com os botões das campainhas como pano de fundo, ou ladeado pelas fitas às riscas encarnadas e brancas que assinalam os buracos nos passeios, ou ainda quando um Juíz exprime opiniões no caminho de ou para um qualquer ginásio, me tem sido exigido um maior esforço de disciplina para ouvir com o devido respeito as opiniões dos mestres. Mas tem sido um esforço conseguido. Como material de consulta, recorro aos comentadores espalhados pelos media. A minha aprendizagem tem decorrido serenamente, parecendo-me que a Faculdade que frequento tem um bom corpo docente, e que a minha formação está no caminho certo. Ou estava. É que hoje, ao recorrer  ao material de consulta, tomei conhecimento que o
Tribunal da Relação - uma das minhas fontes de saber -  entendeu que a prisão (sublinho prisão)  determinada pelo Juíz de instrução - outra das fontes de saber -  a um dos envolvidos no caso que tem sido estudado no Curso intensivo, assenta em testemunhos "frágeis, irrelevantes e inverosímeis". Será que devo continuar a frequentar o Curso?

Little things

PS: Muitos parabéns, RRP!
PARABÉNS

O Hipatia está em festa. Já cá anda mais um thirtysomething...

SBL
FIGURAS PÚBLICAS

A entrevista estava feita. Hoje filma-se na rua.
Numa esplanada do Rossio, Belarmino acompanha as mulheres com o olhar.
(...)
Belarmino fixa-se por instantes na câmara de filmar. Desespera por um sinal para terminar a cena. Mas não.
Assim está a ficar fantástico. Continua. Sim, continua a assobiar, Belarmino.
Belarmino continuou.


Belarmino de Fernando Lopes, 1964

RBL

quarta-feira, outubro 08, 2003

Eingeweiht blauem Samt

lóbi, dossiê, ateliê, icebergue, scâner, stande, stresse, faxe

No Hipatia não é permitida a entrada a grafias idiotas.

RRP
IMAGENS DE ARQUIVO (1)


model of installation, LI Man-wai Tim, 2003

RBL
Martins & Irmão - Mercearias finas

A placa, à moda antiga, em tom bordeaux, ainda está na parede do nº 97 da Rua Coelho da Rocha, no lisboeta bairro de Campo de Ourique. O local é hoje ocupado por uma moderna casa de comida, mas o seu proprietário, por razões óbvias, manteve assim a memória do antigo estabelecimento. Em Martins & Irmão - Mercearias finas, as donas de casa de Campo de Ourique sabiam encontrar os produtos de qualidade essenciais aos seus primores domésticos. Num tempo em que o açúcar  era vendido a peso, em cartuxos de papel cinzento. A peso também era vendida a manteiga, embrulhada em papel vegetal. Tudo com o cavalheiresco atendimento do Sr. Martins. Como era habitual nos estabelecimentos do seu ramo, Martins & Irmão - mercearias finas tinha armários de madeira, com portas de vidro, e muitas gavetinhas. Uma delas cheia de moedas de chocolate que o Sr. Martins costumava oferecer a uma sobrinha gulosa. Martins & Irmão mudou de ramo,  a sobrinha continua (muito) gulosa, mas evita comer chocolates.

Little things
VINGANÇA

Atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier, atelier.

Aqui no Hipatia ninguém me obriga a seguir as novas regras ortográficas do professor Malaca Casteleiro. That's why I love blogging.

SBL
ESCLARECIMENTO

Se vivesse na Califórnia nunca na vida teria votado em Arnold Schwarzenegger. Mas se fosse brasileira também não teria escolhido Lula da Silva. E por razões muito semelhantes. Para que conste.

SBL

terça-feira, outubro 07, 2003

...And now for something completely different...and very old

Deus, Espaço, Movimento - temas sempre actuais. Que pena as colunas dos jornais não se alimentarem destas polémicas...

Como complemento, refira-se que a resposta de Kant ao terceiro argumento de Leibniz conforma um outro problema - a simetria ou assimetria do Universo, as convenções de sentido espacial, left-right, up-down, a sua independência ou interdependência, o paradoxo Einstein-Podolsky-Rosen - mas isso fica para outro post (não vá o Magueijo aparecer por aí).

RRP
Não me diga!

...e eu a pensar que o melhor era o chicote!!!

RRP
A aldeia dos gauleses

Acantonados numa pequenina aldeia da Bretanha, sob o comando do chefe Abraracourcix, os gauleses resistiram bravamente ao império romano. Pois agora, quais gauleses, são os técnicos da Auditoria Jurídica do Ministério da Ciência e do Ensino Superior que parecem resistir a todas as investidas para converter a sua Bretanha numa imensa quinta privada. Espera-se que o mágico Panoramix continue ao serviço da Auditoria, preparando as doses de poção mágica adequadas à continuação da batalha.

Little things
EXPLICAÇÕES (CINEMATOGRÁFICAS)

Ideias para um filme (2):

Câmara: Super 8.
Realizadores: Joel and Ethan Coen
Personagens: Ministros. Muitos. Famílias deles.


Blood Simple de Joel e Ethan Coen, 1984

RBL

segunda-feira, outubro 06, 2003

"Recadinho" para o Ministro Martins da Cruz

Na sua declaração de inocência, o Ministro Martins da Cruz, com ar compungido, afirmou que apenas teve em vista "não prejudicar" o percurso escolar da sua familiar. Se bem entendo,  "não prejudicar", para o Ministro Martins da Cruz significa beneficiar, ainda que "a martelo" dum regime excepcional previsto para os diplomatas, destinado a compensar a sua itinerância por esse mundo fora. Ora, agora que o Senhor Ministro se encontra em período de penitência pelo pecado involuntariamente cometido, gostaria de lhe lembrar, a mero título de exemplo, que existem outros cidadãos igualmente sujeitos a andar "com a casa
às costas". O Senhor Ministro já ouviu, certamente, falar em juízes e professores provisórios. Ou ainda, continuando com meros exemplos,e nestes o Senhor Ministro não ouviu falar, porque não se movem na sua diplomática esfera, ferroviários. Saberá o senhor Ministro-Diplomata que a colocação destes trabalhadores pode ser feita em estações de caminho de ferro a vários quilómetros de distância até da escola primária? Pois, o Senhor Ministro não sabia. Mas agora que ficou a saber, e para completa expiação dos seus pecados, importa-se de sugerir ao seu novo colega de Governo, com o pelouro do ensino superior, que alargue o regime de excepção a estes "casos similares"?

Little things
Ainda sobre o Ministro Martins da Cruz

Ponto Prévio - "A mulher de César não tem só de ser honesta, mas tem também de parecê-lo". Esta afirmação só serve a políticos inchados de retórica e hipocrisia. É uma daquelas máximas que com a constante repetição, alguns tentam tornar verdadeira, por muito falsa que seja (veja-se o estado da Justiça e dos Media).
Sobre a Cunha - Não tenho ilusões. A dita "investigação SIC" foi um puro bufanço de alguém com interesses na Educação e/ou Negócios Estrangeiros. A estação de Carnaxide optou apenas por ser fiel à sua curiosa ética - e enfunar-se de virtudes profissionais que não teve. O ministro da Necessidades empenha a sua honra num facto indefensável - se nada se soubesse, não havia filha a estudar no estrangeiro, apenas mais uma aluna proveniente do Regime Especial na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Mais, o senhor embaixador não desconhecia o dito requerimento. Que não era mais do que um presente envenenado para o ministro da Educação.
Martins da Cruz incitou os serviços da 5 de Outubro a uma ilegalidade, por isso a honra já se foi, não a pode dar como garantia!
Não ponho em causa o trabalho dos dois ministros, o seu feitio, qualidades e defeitos, o que quer que seja. Ponho em causa as suas acções. Mais do que parecerem honestos tinham que o ser, ou resgatar essa honestidade demitindo-se. Um fê-lo, o outro não.

RRP
Sobre o Ministro Martins da Cruz

Diz o Senhor Ministro que nunca teve nenhuma conversa com ninguém do Governo sobre a questão do regime especial de ingresso no ensino superior. Não teve? Nenhuma conversa quando foi convidado para o cargo actual? Não disse "sim ... mas"? Nenhuma conversa nos bastidores do Conselho de Ministros? "Acha que é preciso fazer um requerimento?" Nenhuma conversa sobre o requerimento? " O requerimento está entregue..." Nem umazinha? Bem, o Senhor Ministro diz que não, eu acredito. Mas então, ou o Senhor Ministro trocou deliberadamente o certo pelo incerto, ou deu por adquirido que, na altura devida, todos teriam da lei a mesma apreciação que o Senhor Ministro. O Senhor Ministro que me desculpe, eu acredito que fala verdade, mas acho que é trouxa.


Little things
DE MANHÃ

Mais uma vez.


Dut Yeung Nin Wa (In the Mood for Love) de Wong Kar-Wai, 2000

RBL

sábado, outubro 04, 2003

IMAGENS REENCONTRADAS (2)

Fim-de-semana. Assim.


Shower de Zhang Yang, 1999

RBL

sexta-feira, outubro 03, 2003

Porque será?

Dia de chuva intensa em Lisboa. Um trabalhador da Câmara, devidamente equipado de pá e vassoura, vai limpando o lixo acumulado, tentando escoar a água que inunda a rua. Subitamente, é interrompido na sua tarefa, vendo-se abordado por uma jornalista (da SIC), que lhe pergunta: "porque é que todos os anos há inundações?". Sem acreditar no que lhe está acontecer, ofuscado pelas luzes dos holofotes, o bom do trabalhador não se atrapalha.
Sorridente, enfrenta a câmara (a de filmar, claro) e opina : "Sei lá! Pergunte ao Tejo! A água sobe, não tem para onde ir, fica tudo alagado". A reportagem acabou aqui. Suponho que não foi obtida informação mais esclarecedora por parte do Tejo.

Little things

LEITURA ABSOLUTAMENTE OBRIGATÓRIA

«Porque o mais provável é que nem maus sejam. Que sejam simplesmente ignorantes ou estúpidos, ou as duas coisas ao mesmo tempo, a mais explosiva mistura humana que imaginar se pode. E isso é, de tudo, o que mais me assusta.» Eis o regresso de João Bérnard da Costa, no Público de hoje. Uma frase para ser lida devidamente descontextualizada.

SBL
FILHOS&ENTEADOS

Alguém que arranja um regime de excepção - daquela nova modalidade, dos que não estão consagrados na lei - que me permita não pagar impostos? Agradeço antecipadamente.

SBL
CETTE SEMAINE

Fugir.
Mesmo... (...) sabendo perfeitamente que não há nenhum Rick's Bar em Casablanca (...)


À bout de souffle de Jean-Luc Godard, 1960

RBL

quinta-feira, outubro 02, 2003

MEA CULPA

Acertei no continente mas falhei no essencial. Mea culpa. O nobel para Coetzee está muito bem atribuído.

SBL
Presidente sofre

Todas as manhãs, à porta dum prédio estilo Estado Novo, na pacata rua Padre António Vieira, estão polícias, seguranças, motoristas. Cumprem o seu dever de zelar pela segurança do Presidente, e aguardam o momento de o transportar ao Palácio. Mas manhãs há em que o tranquilo agrupamento de todos os dias se transforma num aglomerado agitado. Jornalistas de microfone a postos, fotógrafos, cameramen com as ditas às costas,  procuram avidamente matéria para jornais e televisões. E então eu ponho-me a imaginar a cena doméstica: o Presidente a tomar o pequeno almoço ( corn flakes? bacon and eggs?) ; a Primeira dama a espreitar à janela, avisando-o do que o espera; o Presidente a  retardar a saída, na esperança de que o enxame disperse; a vestir o casaco Prince of Wales, carinhosamente ajudado pela Primeira dama. E, depois dum suspiro resignado, a sair para a rua, expressando então as opiniões que foi alinhando enquanto mastigava a  matinal butter toast. Imagino, ainda, que o Presidente, quando, finalmente, se sentar  no banco traseiro do carro que o levará ao Palácio, comporá a gravata Burberry of London e dirá para o seu motorista "uff! logo de manhã, pá!".

Little things

NOBELÍSSIMO

Daqui a pouco mais de uma hora saberemos quem é o nobel da literatura deste ano. Veremos quem ganha, mas eu aposto num nacional da Eritreia.

SBL
O REGRESSO DO AVIZ

Há quem blog durante o dia, há quem blog durante a noite. Eu por mim prefiro bloggar a altas horas, mesmo que nem sempre tenha tempo para grandes blogadas pela noite dentro. Depois, na manhã do dia seguinte, já me viciei numa espécie de «early morning posts» inaugurados pelo patriarca Abrupto. Gosto de, logo pela manhãzinha, percorrer rapidamente os posts mais recentes dos meus blog prelidectos. Mas já quase há um mês que sentia a falta dos escritos nocturnos do Aviz. Que bom regresso, FJV.

SBL 
TODOS

No chão quadriculado o jogo continua.
Os convidados reunem-se livremente.
Façam as vossas apostas.


La Notte de Michelangelo Antonioni, 1961

RBL

quarta-feira, outubro 01, 2003

CONVERSATIONS

Quarta-feira.
Tudo está como habitual.
...
Num banco de jardim alguém ouve e regista atentamente.
Conversas.


The Conversation de Francis Ford Coppola, 1974

RBL