sexta-feira, fevereiro 27, 2004

NA ESTANTE - ELIO VITTORINI



-Bio-
Elio Vittorini. Italiano, nascido a 23 de Julho de 1908 em Siracusa. Falecido a 12 de Fevereiro de 1966 em Milão. Escritor.

-Lido-
Coloquio en Sicilia: novela / Elio Vittorini, trad. de Justino Marin. Barcelona : Plaza & Janes, cop. 1969. Tít. orig.: Conversazione in Sicilia
Os homens e os outros/ Elio Vittorini, trad. Elena Ricci Pinto. Lisboa : Europa-América, 1972. Tít. orig.: Uomini e no

RRP
ESTIMADAS PERSONAGENS - ROMUALD, ATHANASE et al (Le Génie des Alpages)


© DARGAUD - F'Murrr / F'Murrr

-Criador-
F'Murr

-Desenhadores/Argumentistas-
F'Murr

RRP

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

ESTIMADAS PERSONAGENS - OS SKROTINHOS



-Criador-
Angeli

-Desenhadores/Argumentistas-
Angeli

RRP
NA ESTANTE - MAX AUB



-Bio-
Max Aub Mohrenwitz. Espanhol, nascido a 2 de Junho de 1903 em Paris. Falecido a 22 de Julho de 1972 no México. Escritor, dramaturgo, poeta, ensaísta.

-Lido-
Crimes exemplares / Max Aub, trad. de Jorge Lima Alves. 2ª ed. Lisboa : Antígona, 1995. Tít. orig.: Crimens ejemplares

RRP
LOOKING THE OTHER WAY...

"Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui"
Caetano Veloso

RRP

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

NA ESTANTE - T.E. LAWRENCE


Lowell Thomas, With Lawrence in Arabia (London, Hutchinson, [1925]) plate facing p. 86.

-Bio-
Thomas Edward Lawrence (aka Lawrence da Arábia). Inglês, nascido a 16 de Agosto de 1888 em Tremadoc, Caernarvonshire (País de Gales). Falecido a 19 de Maio de 1935 em Clouds Hill, Dorset. Escritor, tradutor, oficial e cavalheiro, espião, herói, lenda.

-Lido-
Os sete pilares da sabedoria / T. E. Lawrence, trad. Clarisse Tavares. Mem Martins : Europa-América, 1989. Tít. orig.: Seven pillars of wisdom.

RRP
ESTIMADAS PERSONAGENS - JOHN DIFOOL


© LES HUMANOIDES ASSOCIES - Moebius / Jodorowsky

-Criador-
Alejandro Jodorowsky

-Desenhadores/Argumentistas-
Moebius (aka Gir, Jean Giraud), Zoran Janjetov, Alejandro Jodorowsky

RRP
HÁ MELHOR VIDA?

De uma conversa solta ouvi uma criança perguntar a um adulto se este não tinha saudades da escola. O adulto em causa não deu grande troco à pergunta. A mim só me apeteceu responder... Nem tu sabes quanto, querida. Se conhecerem alguém disposto a pagar para que outros estudem faça favor de usar o e-mail aqui do Hipatia. Estou disponível para ocupar a função. Há melhor vida que a de estudante?

SBL

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

ESTIMADAS PERSONAGENS - KOINSKY


© CASTERMAN - Pratt / Pratt

-Criador-
Hugo Pratt

-Desenhadores/Argumentistas-
Hugo Pratt

RRP
ESTIMADAS PERSONAGENS - TORPEDO (Luca Torelli)


© GLENAT - Bernet / Abuli


-Criador-
Enrique Sanchez Abuli, Francês.

-Desenhadores/Argumentistas-
Alex Toth, Americano. Jordi Bernet, Espanhol (Catalão). Enrique Sanchez Abuli, Francês.

RRP



NA ESTANTE - GIUSEPPE UNGARETTI



-Bio-
Giuseppe Ungaretti. Italiano, nascido a 10 de Fevereiro de 1888 em Alexandria (Egipto). Falecido a 2 de Junho de 1970 em Roma. Poeta.

-Lido-
Sentimento do tempo / Giuseppe Ungaretti, trad. de Orlando de Carvalho. Lisboa : Dom Quixote, 1971. Tít. orig. : Sentimento del tempo
Vita d'un Uomo. Tutte le Poesie / Giuseppe Ungaretti. 1ª ed. Milão : Mondadori (Economici), 1992.

RRP

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

NA ESTANTE - ABILIO ESTÉVEZ



-Bio-
Abilio Estévez. Cubano, nascido a 7 de Janeiro de 1954 em Havana. Escritor e Dramaturgo.

-Lido-
Este é o teu reino / Abilio Estévez, trad. Maria Bragança. 1ª ed. Lisboa : Presença, 1999. Tít. orig.: Tuyo es el reino .
El horizonte y otros regresos / Abilio Estévez. 1ª ed. Barcelona : Tusquets Editores, 1998.

RRP

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

NA ESTANTE - REINER KUNZE



-Bio-
Reiner Kunze. Alemão, nascido a 16 de Agosto de 1933 em Oelsnitz (Saxónia), ex-RDA. Professor universitário e poeta.

-Lido-
Poemas/Reiner Kunze, trad. Luz Videira, Renato Correia, coord. Karl Heinz Delille, introd. Renato Correia. Porto : Paisagem, 1984.

RRP
Odete

Calma! O post não é sobre a nossa empregada doméstica! E também não é sobre a deliciosa deputada do PCP! É, simplesmente, sobre Odete, que tem idade para ser minha mãe, e para ser avó do Rui, o nosso professor de natação.
Todos os dias, Odete lá está, procurando esticar bem o corpo, estender os braços, bater as pernas com vigor. "Se não fosse com os braços esticados...", "estou cada vez pior...", disse uma vez. Mas no último dia, à minha pergunta de como se tinha sentido, respondeu com um sorriso feliz: "eu sinto-me sempre bem... a articulação deste ombro é que...". A
persistência e a satisfação de Odete foi mais um exemplo para mim. Custe o que custar, o Rui pode estar certo que não vou desistir.

Little things

terça-feira, fevereiro 17, 2004

REAR WINDOW

Esquece o que disse.


Le Mépris de J-L Godard, 1963

RBL
NA ESTANTE - PIERRE LOTI



-Bio-
Pierre Loti, pseudónimo de Julien Viaud. Francês, nascido a 14 de Janeiro de 1850 em Rochefort-sur-mer, falecido a 10 de Junho de 1923 em Hendaye. Oficial da Marinha e escritor.

-Lido-
Madame Chrysanthéme/ Pierre Loti, trad. M. de Brito Guimarães. Lisboa : Guimarães & Cª, 1940


-Visto/Relacionado-
55 Days at Peking de Nicholas Ray, 1963

RRP

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

NA ESTANTE - NICOLÁS GUILLÉN



-Bio-
Nicolás Guillén. Cubano, nascido a 10 de Julho de 1902 em Camagüey, falecido a 17 de Julho de 1989 em Havana. Poeta.

-Lido-
Antologia poética 1 / Nicolás Guillén, trad. Carlos Grifo. Lisboa : Editorial Presença, 1970

RRP
BÍBLIA

Olhar assim.
In the mood for love
De outro tempo.


Le Mépris de J-L Godard, 1963

RBL

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

NA ESTANTE - MERCÈ RODOREDA



-Bio-
Mercè Rodoreda, Espanhola (Catalã), nascida em 1908 em Barcelona, falecida em 1983 em Romanyá de la Selva, Girona. Escritora, dramaturga, tradutora e novelista.

-Lido-
Espelho partido / Mercè Rodoreda, trad. Artur Guerra. 1ª ed . Porto : Asa, 1992. Tit. orig.: Mirall trencat .
A Praça do Diamante/ Mercè Rodoreda, pref. Gabriel García Márquez. 1ª ed. Lisboa : Dom Quixote, 1988. Tit. orig.: La placa del diamant

RRP

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Interesse público

A leitura do Diário da República, ao contrário do que muitos pensam, não é fastidiosa, nem cinzenta, nem burocrata. As páginas editadas pela Imprensa Nacional são um espelho da actividade governativa e, lidas com um bocadinho de perspicácia, podem ser uma fonte de informação para o que se vai passando nos corredores do poder. Pois é assim que, através do Diário da República, ficamos a saber que a António Manuel de Mendonça Martins da Cruz, embaixador do quadro I do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi concedida licença sem vencimento por um ano, a partir de 1 de Fevereiro.Folheando agora o diploma genericamente aplicável aos funcionários da Administração Pública, pelo qual se rege a dita licença sem vencimento por um ano, verificamos que esta pode ser concedida "quando circunstâncias de interesse público o justifiquem".É claro que o Diário da República não satisfaz a nossa curiosidade. Que circunstância de interesse público foi invocada neste caso? O querido Diário não o diz, nem a isso é obrigado, claro. Cá por mim, desconfio que o ex-ministro amuou, não quer nada connosco, e foi acompanhar os estudos da filha algures. Mas não sem fazer uso de mais um favorzito, na descoberta do tal interesse público.

Little Things
NA ESTANTE - CARLOS FRANZ



-Bio-
Carlos Franz, Chileno, nascido em 1959 em Genebra (Suiça). Escritor, cronista, jornalista, ensaísta e professor universitário.

-Lido-
O lugar onde esteve o paraíso / Carlos Franz, trad. Maria do Carmo Abreu. 1ª ed . Porto : Asa, 1999. Tít. orig.: El lugar donde estuvo el paraíso .

RRP

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

AFTER SUN(SET)

Grapefruit Moon

Grapefruit moon, one star shining, shining down on me.
Heard that tune, and now I'm pining, honey, can't you see?
'Cause every time I hear that melody, well, something breaks inside,
And the grapefruit moon, one star shining, can't turn back the tide.

Never had no destination, could not get across.
You became my inspiration, oh but what a cost.
'Cause every time I hear that melody, well, something breaks inside,
And the grapefruit moon, one star shining, is more than I can hide.

Now I'm smoking cigarettes and I strive for purity,
And I slip just like the stars into obscurity.
'Cause every time I hear that melody, well, puts me up a tree,
And the grapefruit moon, one star shining, is all that I can see.


in Closing Time, Tom Waits, *

*- No ano do meu nascimento. Aliás, acho que ele fez este disco para me homenagear...well... pois...sim... talvez...não interessa.

RRP
NA ESTANTE - JAN POTOCKY



-Bio-
Jan (ou Jean) Potocky, Conde Polaco, nascido a 8 de Março de 1761 em Pikow (Ucrânia), falecido a 2 de Dezembro de 1815 em Vladowka. Estudioso das línguas e civilizações eslavas, viajante, escritor.

-Lido-
Manuscrito encontrado em Saragoça / Jan Potocki, trad. de Ana Maria Alves. 2ª ed . Lisboa : Estampa, 1977. Tít. orig.: Manuscrit trouvé à Saragosse

RRP
A PROPÓSITO DE WOODY ALLEN

Estou de regresso.
Fiquei a saber que por aqui também já deram por Anything Else .
...
Recordo palavras muito próximas destas:
Haverá sempre muita gente a dizer muitas coisas sobre a tua vida.
Responde sempre que sim, que são ideias fantásticas.
Depois, depois faz o que te apetecer.

...

RBL
IMAGENS EM MOVIMENTO

Ausência durante uns dias.
Cafés.
Voltámos à carta de atenas.



RBL

terça-feira, fevereiro 10, 2004

WOODY, MEU VELHO WOODY

Woody Allen já me encantou e já me desiludiu. Agora conforta-me, o que é sinal de um certo apaziguamento pós-9/11, uma certa tranquilidade que (parece-me) à arte por vezes também compete transmitir. Anything Else é um desses casos. Há a história do casalinho que Woody Allen filma à sua medida (como se quisesse regressar ao passado e à «sua» Diane Keaton), há a subtileza das obsessões (as do realizador, as da América e as de todos nós), há os diálogos de sempre, há a elegância da música e há os passeios pelo Central Park. E dá-me uma vontade imensa de ter um parque daqueles... na minha cidade. Mas não quero que Santana Lopes leia este post. Não vá ele ter (ainda) mais ideias arquitectónico-paisagísticas.

SBL

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Elementar, my dear Watson

Recebi o embrulho no Natal. Desfeito o laçarote, deparei com as aventuras de Sherlock Holmes, que me habituara a ler em papel, transportadas para imagem, comprimidas naqueles discos pequeninos que dão pelo nome de DVD. Nos primeiros dias, graças aos feriados, às pontes, e ao tempo chuvoso e frio, os episódios foram vistos uns atrás dos outros. Entrei e saí do 1º andar do 221b de Baker Street, assisti às excentricidades de Holmes, aos sucessos das suas investigações, mergulhei nos costumes da Inglaterra victoriana. Depois, outras ocupações surgiram e o último episódio foi ficando. Até ontem. O episódio em que Sir Arthur Conan Doyle deixa o seu herói assumir as suas fraquezas maníaco-depressivas, o seu prestígio em declíneo, a sua incapacidade de vencer o rival Moriarty. As aventuras de Sherlock Holmes acabam mal? De forma nenhuma: entre duas opções, Holmes escolheu a que lhe permitiu manter para a posteridade a imagem de detective invulgarmente dotado, para quem a mais complexa realidade era apenas "elementar", como fazia questão de, ironicamente, demonstrar ao paciente e leal Watson.

Little Things

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Walnut Grove

Em Walnut Grove, lá no far west americano, a vida corre ao ritmo das sementeiras. Em Walnut Grove há um médico João Semana, um Reverendo conselheiro para todas as ocasiões, uma única loja que vende rebuçados, alfaias agrícolas, tecidos. E ovos: "fresh eggs daily", anunciado num quadrado de papel, é um mimo do comerciante para os pioneiros. Em Walnut Grove os bons vencem sempre os maus, os maus arrependem-se e passam a ser bons. Na pradaria que circunda Walnut Grove fica a casa habitada pelo clã Ingalls, cujo patriarca, Charles, já fora Little Joe do poderoso rancho Ponderosa. Os Ingalls são o expoente máximo da preservação dos valores da família, da honradez, da amizade e da... e da... Apesar dos comentários irónicos que me rodeiam, todas as noites, por volta das 10, embarco na SIC GOLD e viajo para Walnut Grove. Às vezes, tenho vontade de lá ficar.

Little Things
FIRST, WE TAKE MANHATTAN, THEN WE TAKE BERLIN

Continua a saga das WMD. Já afirmei aqui que a única motivação plausível para a invasão do Iraque seria o fazer manter um espírito civilizacional que a Europa, por cobardia, falta de visão estratégica, ou ambas, faz por desmerecer. Melhor, que a Europa, fechada sobre si própria - o conflito do Médio Oriente e a questão terrorista tornaram a UE num exemplo acabado do isolacionismo que tanto criticava aos Estados Unidos - foi arrogantemente incapaz de perceber. Infelizmente, o exemplo de acção global - já não falo de pensamento político global - teve que vir de um presidente, George W. Bush, a quem o termo Civilização diz muito pouco. Quando acabar o pesadelo Bushista - um assomo, como já se viu, não faz uma politíca e uma vitória não faz um político -, esperemos que já no final deste ano, a Europa terá, forçosamente, de encontrar uma União e uma Política Externa. Com base e liderança dos países mais fortes da UE, a França, a Alemanha e a Grã-Bretanha. O futuro do Continente não se condoirá com hipocrisias igualitárias...

RRP
HERMETISMO 4 - GATTO

(em Italiano)

Amore della vita

Io vedo i grandi alberi della sera
che innalzano i cieli dei boulevards,
le carrozze di Roma che alle tombe
dell' Appia antica portano la luna.

Tutto di noi gran tempo ebbe la morte.
Pure, lunga la via fu alla sera
di sguardi ad ogni casa, e oltre il cielo
alle luci sorgenti ai campanili
ai nomi azzurri delle insegne, il cuore
mai più risponderà?

Oh, tra i rami grondanti di case e cielo
il cielo dei boulevards
cielo chiaro di rondini!

O sera umana di noi raccolti
uomini stanchi uomini buoni,
il nostro dolce parlare
nel mondo senza paura.

Tornerà tornerà,
d' un balzo il cuore
desto
avrà parole?
Chiamerà le cose, le luci, i vivi?

I morti, i vinti, chi li desterà?


Alfonso Gatto, Nuove Poesie, Mondadori, Milano 1950

RRP

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

... AND THE NOT-AT-ALL COLOURED GIRL SINGS:

Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style some day.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.
Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end--
waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.




Audrey Hepburn in Breakfast at Tiffany's de Blake Edwards,1961

...für einen romantischen Blauen Samt

RRP
HERMETISMO 3 - MONTALE

(em Italiano)

L'inverno si prolunga, il sole adopera

L'inverno si prolunga, il sole adopera
il contagocce. Non è strano che noi
padroni e forse inventori dell'universo
per comprenderne un'acca dobbiamo affidarci
ai ciarlatani e aruspici che funghiscono ovunque?
Pare evidente che i Numi
comincino a essere stanchi de presunti
loro figli o pupilli.
Anche più chiaro che Dei o semidei
si siano a loro volta licenziati
dai loro padroni, se mai n'ebbero.
Ma...


Eugenio Montale, Altri versi

RRP
HERMETISMO 2 - QUASIMODO

E de Repente é Noite

Todos estão sós no coração da terra,

atravessados por um raio de sol:

e de repente é noite.


Salvatore Quasimodo in Poesia do século XX: (de Thomas Hardy a C. V. Cattaneo) / antologia, trad. pref. e notas de Jorge de Sena. 2ª ed. Coimbra, Fora do Texto, 1994.

RRP
FUTURISMO 1 - 1º MANIFESTO

O Futurismo morreu? Quem disse?

Manifesto del futurismo
"Le Figarò" 20 Febbraio 1909

1-Noi vogliamo cantare l'amor del pericolo, l'abitudine all'energia e alla temerità.

2-Il coraggio, l'audacia, la ribellione, saranno elementi essenziali della nostra poesia.

3-La letteratura esaltò fino ad oggi l'immobilità penosa, l'estasi ed il sonno. Noi vogliamo esaltare il movimento aggressivo, l'insonnia febbrile, il passo di corsa, il salto mortale, lo schiaffo ed il pugno.

4-Noi affermiamo che la magnificenza del mondo si è arricchita di una bellezza nuova: la bellezza della velocità

5-Noi vogliamo inneggiare all'uomo che tiene il volante, la cui asta attraversa la Terra, lanciata a corsa, essa pure, sul circuito della sua orbita.

6-Bisogna che il poeta si prodichi con ardore, sfarzo e magnificenza, per aumentare l'entusiastico fervore degli elementi primordiali.

7-Non vi è più bellezza se non nella lotta. Nessuna opera che non abbia un carattere aggressivo può essere un capolavoro.

8-Noi siamo sul patrimonio estremo dei secoli! (...) poichè abbiamo già creata l'eterna velocità onnipresente.

9-Noi vogliamo glorificare la guerra-sola igene del mondo-il militarismo, il patriottismo, il gesto distruttore

10-Noi vogliamo distruggere i musei, le biblioteche, le accademie d'ogni specie e combattere contro il moralismo, il femminismo e contro ogni viltà opportunistica o utilitaria (...)

11-Noi canteremo le locomotive dall'ampio petto, il volo scivolante degli areoplani.(...) E' dall'Italia che lanciamo questo manifesto di violenza travolgente e incendiaria col quale fondiamo oggi il Futurismo


(tradução)

1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com o seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.

5. Nós queremos glorificar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.

6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, esforço e liberdade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.

7 Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.

8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipotente.

9. Queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.

lo. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.

11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sub-levação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piroscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o vôo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.


RRP
HERMETISMO 1 - UNGARETTI


Tudo Perdi

Tudo perdi da infância

e já não posso mais

desmemoriar-me num grito.


A infância soterrei

no fundo das noites

e agora, espada invisível,

me separa de tudo.


De mim recordo que exultava amando-te,

e eis-me perdido

no infinito das noites.



Um desespero que incessante aumenta

a vida não me é mais,

presa no fundo da garganta,

que uma rocha de gritos.


Giuseppe Ungaretti in Sentimento do tempo / Sentimento del tempo, trad. de Orlando de Carvalho. Lisboa, Dom Quixote, 1971. (Cadernos de poesia ; 17) .


RRP

terça-feira, fevereiro 03, 2004

PLANETAS

Vamos lá, repitam:

Mercúrio


Vénus


Terra


Marte


Júpiter


Saturno


Urano


Neptuno


Plutão*


* e Caronte

Todas as imagens provenientes do Hubble Space Telescope excepto Mercúrio (imagem composta em mosaico a partir de fotos da sonda Mariner 10 - Mercúrio está demasiado perto do Sol para que o Hubble o consiga fotografar) e Terra (imagem composta em mosaico a partir de fotos da sonda Clementine - uma imagem menos usual).

RRP
HERÓIS DA GRÉCIA ANTIGA (depois deles)

A história continua.
Isoladamente.
Em Capri. No paraíso.

Não podemos mais voltar atrás.
Outros pensamentos.
Até ao fim.


Le Mépris de J-L Godard, 1963

RBL